a lingerie do elefante

O primeiro critério (e o mais importante) para comprar uma peça de roupa ou um acessório é o meu gosto. E aqui não interfere o local. Não importa se estou numa loja de luxo, numa loja mais acessível, num hipermercado ou mesmo numa feira. Só importa o interesse que a peça motivou. Depois, vem o preço. Se ambos resultarem num casamento perfeito, óptimo. Caso contrário, não compro a peça. Mas, nunca deixo de comprar uma peça de que gosto porque estou numa feira ou num hipermercado.

Já notei por diversas vezes que existem pessoas que parecem sentir vergonha quando frequentam a secção de roupa de um hipermercado. Parece que estão a entrar numa zona que o espaço comercial destina ao contrabando. Onde convém andar com uma gabardina, chapéu e óculos escuros, de modo a passar despercebido. Onde os preços são negociados longe das outras pessoas. E onde se compram produtos cuja origem nunca será mencionada aos outros.

Não percebo esta atitude de embaraço. Até porque é possível fazer boas compras em hipermercados com a vantagem de, em muitos casos, o preço ser muito mais acessível do que noutras lojas. Tenho roupa comprada em hipermercados que pessoas associam a outras lojas e que ficam boquiabertas quando menciono o local onde comprei e o preço que paguei pela peça. Algumas pessoas surpreendem-se porque ainda não perceberam que este tipo de superfícies há muito que apostam forte no design das suas roupas. O que faz com que não sejam inferiores às que se compram noutros locais.

Por exemplo, no post anterior coloquei duas imagens de peças de roupa interior feminina. Depois, lancei o desafio de associarem as mesmas a uma marca ou loja onde aquelas peças podem ser vendidas. A maior parte dos comentários ligaram as peças a lojas que comercializam este tipo de roupas. Na realidade, são vendidas na secção têxtil das lojas Jumbo e fazem parte da nova colecção do hipermercado. Quem diria...