18.12.13

quem me explica a utilidade disto #11

A guerra dos sexos sempre deu que falar. Os homens são os maiores porque fazem isto, dizem uns. As mulheres fazem tudo aquilo que os homens fazem e de saltos altos, respondem outras. O que é certo é que se trata de uma “guerra” bastante animada e sem fim à vista. Mas, mais do que uma saudável troca de bocas, a guerra dos sexos também leva à criação de artigos.

Se um homem faz chichi de pé, qual o motivo para que uma mulher não o faça? Esta deve ter sido a máxima que levou à criação do Go Girl, um dispositivo que permite que qualquer mulher urine de pé, como um homem. De acordo com a marca, não existe nenhum motivo para que uma mulher leve a vida sentada. Se uma mulher sofre de misofobia e não quer tocar numa sanita pública, se gosta de acampar ou se tem inveja de pénis deve adquirir um Go Girl, é o que defende a marca, que promete solucionar tudo isto a troco de uma quantia inferior a dez euros.


Para mim, o argumento de que a mulher deve fazer apenas porque o homem faz não tem qualquer lógica. Existem coisas que eles fazem. Existem coisas que elas fazem. E ainda bem que assim é. E, por mim, pode continuar assim. Além disso, não imagino que uma mulher queira andar com este produto na mala. Será que depois de usar também se sacode? Se a mulher tiver fobia de germes, para que serve este produto? Continua a ser necessário tocar na sanita para levantar o tampo (algo que pode ser feito com papel higiénico na mão). Ou será que a mulher passa a frequentar a casa de banho dos homens para usar um urinol? No caso do acampamento, não vejo grandes diferenças entre usar o Go Girl ou urinar de cócoras. Mas isto sou eu. Por isso, quem me explica a utilidade disto?

21 comentários:

  1. Eu não compraria. Não vejo grande utilidade. É como dizes, se não há sanita, faz-se xixi de cócoras. Não há problema.
    Depois de fazer tem que se limpar, não se vai guardar na mala de novo, que nojo.

    ResponderEliminar
  2. ora eu se detesto fazer analises à urina por ter de "fazer mira"...com isso não andava de certeza :S

    ResponderEliminar
  3. Apesar do nojo óbvio, gostaria de esclarecer que a grande desvantagem de fazer xixi de cócoras é que nem sempre se consegue controlar a direcção do, vá, jacto. Assim não pinga nem escorre para mais lado nenhum... Mas que coloca questões mete nojo, coloca...

    ResponderEliminar
  4. Com este texto lá se foi o espírito natalício (ahahah).

    ResponderEliminar
  5. A busca pela igualdade entre homens e mulheres, como neste caso, às vezes é ridícula!

    ResponderEliminar
  6. Bom, antes de mais quero acreditar que não tem nada a ver com penis envy. É mesmo porque.. é muito práctico! Tenho uma amiga que fabrica as suas próprias she-wees (é como ela lhes chama), com embalagens de gel de banho e fita isoladora. Ofereceu-me a minha primeira na noite de Santo António deste ano. É que essa teoria de "não há sanita, vai de cócoras" é muito linda se estivermos no mato, com distância de segurança de outros humanos, e se não quisermos ter em conta factores como centros de gravidade, intensidade do vento e a vulnerabilidade da posição em que nos encontramos. Com isto é uma maravilha, adapta-se anatomicamente, ninguém tem de despir roupa nenhuma (ou quase) e é passível de ser usado mesmo com estranhos a passar a poucos metros (estou a falar de situações no extremo, sim? não sou propriamente adepta da micção pública). Como neste caso são fabricados em casa e para usos pontuais, deita-se fora no fim..

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Isso do usar e deitar fora já me faz pensar um pouco de maneira diferente mas continuo a achar que é um produto que serve apenas para uma ou duas situações. Não mais do que isso.

      Eliminar
  7. Inovação! Será que pega?

    ResponderEliminar
  8. Às vezes quando saio para noitadas e encho-me de (cof, cof) bebo cerveja, costumo dizer que nessas alturas gostava de ser homem! eheheh deve ter sido por haver mais pessoas a pensar como eu, que inventaram isto eheheh

    ResponderEliminar