6.5.14

informação a mais

Em situações específicas sou a favor das justificações. Por exemplo, se está algo combinado e uma pessoa chega atrasada, acho que fica bem, em primeiro lugar, pedir desculpa pelo atraso. Defendo também que este pedido de desculpas deve vir acompanhado de uma justificação. Que até poderá ser uma white lie, daquelas que não fazem mal a ninguém. “Desculpa o atraso mas fiquei preso no trânsito”, para dar apenas um exemplo.

Porém, existem pessoas que gostam de mergulhar nas profundezas das justificações. E estes mergulhos chegam a ser tão profundos que, pelo menos é nisso que acredito, as pessoas perdem a noção de que estão a divulgar informação perfeitamente dispensável para os outros. Ao estilo do que aconteceu com Barroso, o antigo jogador do Braga e do Porto que, quando questionado em directo na RTP, sobre a possibilidade de ter estado quase a falhar um jogo, respondeu que andava a jogar com “febre e diarreia”.

Este é um caso típico de informação excessiva. Um “o meu rendimento tem sido afectado por indisposição física” chegava perfeitamente para justificar o seu menor rendimento. E recordo-me sempre do caso do Barroso quando ouço pessoas justificarem detalhadamente coisas que ninguém precisa de saber. E exemplo disto são episódios vividos no interior de uma casa-de-banho. Justificações? Sim. Mas, apenas com banalidades que levam a outra pessoa a dizer “ok” e acenar com a cabeça, mesmo que fique a pensar que quem se justifica poderá estar a mentir.

8 comentários:

  1. ... Acho que é defeito meu... Ou então feitio... Mas sempre achei que quem se justifica demais, é porque está a mentir... E está a tentar dar um ar plausível à sua história.... Mas também podem pensar o mesmo de mim, porque normalmente acontecem-me coisas tão inacreditáveis quando me atraso, ou algo semelhante, que quando conto o que se passou, acham que é mentira...
    Um dia cheguei atrasada ao trabalho, porque as galinhas fugiram... quando contei isto, ninguém acreditou em mim.....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que não é defeito porque também penso como tu e conheço muitas pessoas que pensam da mesma forma. Porém, há pessoas que se nota que não estão a mentir mas que justificam muito detalhadamente algo desnecessário.

      Eliminar
  2. Há pessoas que simplesmente se esquecem do filtro que devia existir entre o que pensam e o que sai pela boca fora! Mas acho que a maior parte das vezes é feitio...

    ResponderEliminar
  3. Tenho uma colega de trabalho que tem gémeos e, quando eles eram bebés, às vezes lá calhava ela atrasar-se devido a imprevistos. Só que quando chegava, além de pedir desculpa pelo atraso, dizia que um dos filhos borrou-se todo e teve que lhe dar banho, ou porque o outro vomitou numa cor estranha e nós andávamos o dia todo com aquela imagem na cabeça! E, sempre que ela voltava a atrasar-se abriam-se apostas para ver qual era a próxima desculpa (apesar de verdadeira, nunca ninguém duvidou) de mau cheiro! :)

    (olha, agora ficas tu com estas belas imagens na cabeça eheheh)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já passei por casos semelhantes. Por isso é apenas mais imagem que adiciono à memória.

      Obrigado :)

      Eliminar
  4. Tens razão e, já agora, a respeito da casa de banho, uma pequena estória que nunca mais foi esquecida:
    Há cerca de de 15 anos, minha irmã na casa de banho, toca o telefone . Pede ao filho, na altura com 6/7 anos, agora com 23, para atender.
    O puto atende.
    A minha irmã atenta ao miúdo, ouve isto: "a minha mãe não pode falar, ela está na cagaota".
    E quem era a pessoa do outro lado da linha? Um professor da universidade que ficara de lhe ligar.
    Imagina como a minha irmã ficou quando ele disse que era o professor.
    Mas os miúdos são mesmo espontâneos, era normal dizer aquilo, já os adultos...
    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nas crianças perdoa-se esse tipo de atitude porque não têm o filtro necessário. E por vezes até tem a sua piada :)

      beijos

      Eliminar