9.2.15

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Esteve para ser editado no ano passado mas problemas de saúde levaram Diana Krall a adiar o lançamento de Wallflower para 2015. Mais especificamente para o início deste mês, altura em que o álbum chegou às lojas e plataformas musicais habituais. Este trabalho tem um encanto especial para algumas pessoas pois a artista dá um novo ar, bem ao seu estilo, a temas bastante populares que todas as pessoas sabem cantarolar, como é o caso de Desperado, dos Eagles, Sorry Seems to be the Hardest Word, de Elton John ou I´m Not in Love, dos 10cc. Entre estes e outros clássicos, existe ainda um tema – If I Take You Home Tonight – composto pelo ex-Beatle Paul McCartney. Conta ainda com a participação de Michael Bublé e Bryan Adams em dois temas, sendo a foto da capa da autoria da estrela rock. Por sua vez, a produção esteve a cargo do talentoso David Foster.

Pouco há a dizer sobre Diana Krall. Os prémios falam por si e basta dizer que é uma das mais influentes, talentosas e respeitadas cantoras e pianistas do jazz moderno. Se isto não bastar, pode falar-se das vendas e aí, Diana Krall vendeu mais álbuns do que qualquer artista feminina da sua área ao longo das últimas três décadas. Já ouvi opiniões de que este trabalho sabe a pouco. Que a recriação dos clássicos é uma espécie de linha recta. Por outras palavras, há quem defenda que ouvir um é a mesma coisa de que ouvir todos pois o registo é sempre o mesmo.

Acreditando ou concordando que se trata de uma linha recta, é daquelas onde apetece viajar de carro a uma velocidade cruzeiro, com os vidros abertos enquanto se aproveita cada pormenor e detalhe da paisagem que ladeia a recta que se percorre. Estas 16 músicas são uma viagem serena longe dos problemas da vida. Ao longo dos últimos dias (desde que tenho o álbum) que não ouço outra coisa no carro que não seja a maravilhosa voz de Diana Krall. Numa altura em que se está a aproximar a passos largos o Dia dos Namorados, fica a dica de um álbum que tem tudo para ser a banda sonora ideal de duas pessoas apaixonadas que gostam de recordar temas eternos.


Curiosamente, e apesar deste trabalho contar com diversos temas que me dizem muito, apaixonei-me por um que não tem sido muito destacado e sobre o qual ninguém fala quando escreve sobre este trabalho. Refiro-me a Operator (That's Not The Way It Feels), um original de Jim Croce, gravado em 1972. Partilho a versão de Diana Krall e também o original. Mas não conselho que ouçam a música pois é daquelas que ficam na cabeça. Daquelas que se querem ouvir sempre mais e que passado pouco tempo já se sabe a letra de cor.


4 comentários:

  1. Eu sou das que gosta (e muito) de Diana Krall!
    E vou ouvir com atenção o album (e a música que recomendas) - obrigada!
    Se não me sair da cabeça, não faz mal... antes essa que outra (música)!

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