2.9.16

foi (ou não) acompanhante de luxo? interessa (ou não)?

Donald Trump sozinho chega e sobra para que exista polémica nas eleições presidenciais norte-americanas. Visto como uma anedota, creio que o candidato ganhou o respeito de muitas pessoas. E onde está respeito pode ler-se medo porque acredito que muitas pessoas temem que possa vir a ser o próximo candidato norte-americano. Mas a polémica vai muito além do candidato. Estende-se aqueles que o rodeiam. E a sua mulher é, neste momento, um alvo bastante apetecível.

Basta pegar no exemplo do discurso plagiado que foi noticiado, e bem, até à exaustão. Esse tinha sido o maior caso protagonizado pela antiga modelo eslovena. Agora surge outro, que vai muito além de palavras copiadas. E que dá para diversas análises, como é o caso da força que a imprensa ainda tem. Melania Trump foi acusada, por um jornal e um blogger, de ter sido acompanhante de luxo. Além desta acusação, desmentida por Melania que já avançou com processos contra a publicação e o blogger, o mesmo jornal - Daily Mail - fez duas capas com fotos sensuais e ousadas da actual mulher de Donald Trump. Capas que partilho aqui.



Quanto às fotos, acredito que Melania sabia que as mesmas podiam surgir. Seria uma questão de tempo. Ou de eventualmente comprar a não publicação das mesmas. Mais uma vez pode discutir-se a publicação das imagens mas não deixa de ser um facto de que as mesmas fazem parte de um trabalho já publicado numa (extinta) revista. A diferença é que a jovem de 25 anos que queria triunfar na vida não imaginava (digo eu) que teria possibilidades de, no futuro, vir a ser primeira dama daquele que muitos consideram o país mais poderoso do mundo.

Outra coisa é a acusação sobre a eventualidade de Melania Trump ter sido acompanhante de luxo. Até porque, duvido que o processo que colocou esteja resolvido antes das eleições. E duvido também que, caso as acusações sejam falsas, alguém se recorde disso. A memória que ficará é a da acusação. Que muitas pessoas assumem logo como verdadeira. Independentemente de ser ou não. Agora, vamos supor que Melania Trump foi mesmo acompanhante de luxo nos anos 90. O que isso importa? O que isso muda em Trump? Será melhor ou pior presidente devido ao passado da mulher? Creio que não.

Mas acredito que a acusação de prostituição pode mexer com muitos eleitores. Sobretudo num país em que a imagem de família é muito utilizada politicamente e tem um grande impacto junto do povo. Quando me referi ao poder da imprensa, referia-me ao facto destas imagens e desta acusação conseguirem abalar a candidatura de Trump. Talvez até mais do que as polémicas já existentes devido às palavras do candidato presidencial. E existem casos políticos nos Estados Unidos em que pessoas foram destruídas (politicamente falando) após a divulgação de determinadas notícias.

E existem muitas outras questões. Tendo o jornal as imagens e as provas de que Melania foi acompanhante de luxo, deve ou não publicar as mesmas? E aqui, comparando com a realidade nacional, acho que Portugal é um paraíso. Raramente existem coisas assim em Portugal. E contam-se muitas histórias de fotografias compradas de modo a ficarem esquecidas numa gaveta. Fotos e histórias que mexem com muitas pessoas. Nos Estados Unidos o filtro é muito menor. As coisas são praticamente sempre publicadas.

De questão em questão era possível passar horas de volta deste artigo. Desde a publicação até ao relevo do passado da mulher de um político. Aquilo que me deixa poucas dúvidas é que notícias destas ainda têm muito impacto junto de quem vota. As pessoas procuram a perfeição num político. Não apenas para que meta em prática tudo aquilo que defendem mas também na sua vida pessoal. E aí, para muitas pessoas, não cabe uma mulher que já tenha vendido um corpo.

4 comentários:

  1. Olá,
    Na minha opinião acho mais grave a questão do discurso plagiado que a hipótese de ter sido acompanhante no passado. Justificando-me de uma forma resumida e simples: preocupa-me muito mais que ela tenha serradura na cabeça, que por falta de bom senso, inteligência, temperança e interesse não queira nem saiba ser uma boa conselheira para o marido. Independentemente da pessoa em questão, acho que esse é o principal papel de uma primeira-dama, ou de um primeiro-marido. Quanto ao passado, ninguém é hoje o que foi ontem. O que se espera é que haja predisposição para aprender com os erros.

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  2. È uma questão de principios e atitude

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