31.7.12

evolução, porcos e vacas

Numa viagem que nada tinha a ver com este propósito deparei-me com esta imagem. O primeiro impacto foi sorrir. O segundo foi soltar mais umas gargalhadas. O terceiro não foi diferente. A partir do quarto, comecei a pensar se esta é a verdadeira imagem da evolução das mulheres e dos homens.

As duas primeiras figuras masculinas não deixam dúvidas e estão correctas. Aliás, a meu ver são uma representação fidedigna da evolução da humanidade. A partir daí dá-se início a uma espécie de brincadeira que até pode ter algum fundo de verdade. Olho para a arma e imagino guerras, não só aquelas que têm direito a cobertura noticiosa mas todas as que são travadas como receio de ser deixado para trás numa qualquer luta pela sobrevivência do mais apto. Aqui, incluo as lutas diárias travadas no trabalho e na vida pessoal. Olho para a arma e imagino pessoas que não olham a meios para atingir os seus fins, usando as armas necessárias para alcançarem aquilo a que se propõem.

A imagem do homem gordo, calvo e adepto de fast food é a que mais me assusta. Alguém vê um homem desta forma? Pior, será que existem pessoas cujo percurso de vida é aquela representação? Fixo o olhar naquela imagem e vejo desleixo. Nada mais do que desleixo físico e uma despreocupação grave com a própria vida. A evolução da mulher, aqui é representada de forma bastante simpática, comparativamente à masculina. Fico com a ideia de cuidado e preocupação com o avançar da vida, a antítese da evolução masculina. Será que a evolução feminina é marcada pela ascensão e a do homem pelo declínio?


olhares (in)discretos

Se há coisa sobre a qual não tenho dúvidas é que toda a gente observa algo ou alguém constantemente. Por exemplo, as mulheres, quando se cruzam conseguem observar-se mutuamente e em questão de segundos percebem que a cor do verniz não é a melhor, que há duas unhas onde o verniz já estalou, que a mala não combina com os sapatos, que o penteado não a favorece, que está mal maquilhada e ainda têm a perícia de observar a montra que está situada atrás da mulher com quem se cruzaram.

Os homens também são observadores mas com talentos limitados. São capazes de observar uns ténis de que gostam, uma tatuagem a que até acham piada, criticar um penteado que entendem ser ridículo ou algo do género mas nunca em simultâneo. Poucos são os homens que têm a capacidade observadora de uma mulher.

Estas são duas versões do mesmo tipo de olhares (in)discretos mas os que me levam a escrever são outros. Ontem, estava no aeroporto à espera do meu pai quando passou à minha frente uma rapariga com uns calções tão curtos que me levam a questionar se chamar aquela peça calções não é faltar à verdade! Orgulhosa do seu corpo, a dona dos calções passeava pelo aeroporto como um anjo da Victoria Secrets desfila na passerelle.

Ao mesmo tempo que a rapariga passou por mim, passou também um casal que passeava de mão dada pelo aeroporto. Contente com o que viu, de frente, o rapaz não resistiu a virar-se para observar a menina de costas. Mas, não se limitou a virar a cabeça. De mãos dadas com a mulher/namorada, o rapaz percorreu cerca de dez metros sempre a olhar para trás. Indiferente, a namorada/mulher continuou o seu percurso sem se preocupar minimamente com o facto do namorado/marido andar para a frente com a cabeça voltada para trás. Isto deu-me a ideia de que se trata de um hábito naquele casal.

Acho que tanto homens como mulheres observam as pessoas (do sexo oposto) com quem se cruzam. Acredito também que elas são muito mais discretas do que os homens mas é um facto que olham apesar de negarem que o façam.

quando a anedota somos nós


Se há coisa em que acredito piamente é que rir é o melhor remédio. Talvez por isso seja uma pessoa de sorriso fácil e esteja sempre pronto para a brincadeira. Gosto de me rir. Aliás, rio-me de tudo, dos outros, dos pequenos contratempos da vida que fazem com que se cometam pequenos deslizes em público e de mim.

Não sou de ficar ofendido quando a piada sou eu ou algo feito por mim. Aliás, sou quem mais se ri quando fazem uma boa piada sobre mim, quando “gozam” com alguma característica minha ou imitam algo feito por mim. Sou daqueles que defendem que temos de ter poder de encaixe para sorrir quando somos a anedota.

Ao longos dos últimos dias, com tantos desportos na televisão, não tenho feito outra coisa que não seja sorrir, de mim, dos outros, de tudo. E como não sou invejoso, vou partilhar aqui o que me leva a gozar comigo e a rir sem parar.

eu cheio de cal
Em criança pratiquei atletismo. Quando somos mais novos, vamos competindo em tudo para perceber até que ponto somos bons naquelas modalidades. Na única vez que participei nos 100 metros barreiras arranquei em primeiro. Seguia triunfante no meu caminho até que tropecei na última barreira. Resultado, caí e fiquei cheio de cal, que era utilizado para fazer as marcações da pista. À cal juntaram-se umas quantas feridas. Acabei a prova meio coxo e na altura não achei piada nenhuma. Mas, ainda hoje choro a rir quando recordo detalhadamente a minha queda.

joelhada no queixo
Uma modalidade que gostava de praticar era salto em altura. Levava aquilo tão a sério que estava sempre a tentar aperfeiçoar o movimento para não derrubar a vara durante o salto. Uma vez, levei o movimento tão a sério que dei uma joelhada no queixo. O que interessa é que a vara não caiu.

às do ténis de mesa
Antes do atletismo joguei ténis de mesa. Sendo esquerdino, tinha vantagem sobre os meus adversários, maioritariamente destros. O meu encanto pela modalidade durou pouco (apesar de ainda hoje gostar de jogar) mesmo com o treinador a dizer que tinha tudo para ser um talento da modalidade. Recordo-me do único torneio em que participei. Chamava-se Dartacão e só ganhei o jogo da primeira eliminatória. Ganhei porque o adversário não apareceu. Na segunda ronda levei uma monumental tareia. Do mal ao menos, ganho aos meus amigos.

hsb, o patinador
Numa noite chuvosa, fui beber um copo com uns amigos a Almada velha. Quem conhece a zona sabe que há algumas ruas inclinadas. Eu, com os meus ténis novos ia a descer a rua quando me falha um pé, depois, o outro. Seguiram-me cerca de dez segundos (pareceu cerca de dez horas) em que só rodei os braços e os pés enquanto a rua se ria de mim. Para minha alegria, não caí e juntei-me aos sorrisos.

Rir é mesmo o melhor remédio e rir de nós é do melhor que podemos fazer.

elas, eles e o orgasmo

Hoje celebra-se o Dia Mundial do Orgasmo e se há coisa que não me atrevo a discutir com os especialistas, por estar totalmente de acordo, é que alcançar o clímax é um dos pilares da qualidade de vida. Também não questiono que o prazer sexual alcançado por um casal é uma forma de alcançar o bem-estar de ambos.

Ainda de acordo com os especialistas, o processo que leva ao orgasmo é três vezes mais rápido nos homens do que nas mulheres. Estudos, revelam ainda que 32,5% das mulheres têm medo de não atingir o orgasmo durante a relação sexual, tal como 14,9% dos homens. De acordo com os especialistas, as relações sexuais melhoram a vida amorosa, aliviam o stress e até reduzem os riscos de doenças cardiovasculares.

Resumindo, de uma forma simples e directa, amar e viver esse amor faz bem à saúde. Ressalvo apenas que os entendidos na matéria defendem que ter relações sexuais só por ter não pode ser enquadrado neste contexto por não contribuir para o bem-estar de alguém.

Gostava que dias como este fossem motivo para os pais falarem com os filhos sobre orgasmos e sobre tudo o que envolve a vida sexual. Continuo a achar que muitos pais têm “vergonha” de falar com os filhos sobre este tema, de vital importância. É completamente diferente a descoberta da sexualidade num adolescente preparado em comparação com outro que nada sabe, julgando tudo saber.

Uma curiosidade, este dia foi instituído por iniciativa de sex shops inglesas, com o objectivo de aumentar as vendas de artigos eróticos e as discussões sobre a vida sexual. Não resisto a perguntar, vão comprar algo hoje? E o que acham dos números avançados pelos especialistas?

30.7.12

romances fachada


Ainda sou do tempo em que para promover um filme eram elaborados posters de qualidade e trailers que nos faziam ir a correr para a próxima sessão, do cinema mais próximo. Infelizmente, estas já não são as regras do jogo.

Há uma moda, cada vez mais global, de utilizar a cumplicidade entre dois actores para se inventar um romance. Como por magia, no final das filmagens e sobretudo na aproximação das estreias, os protagonistas estão sempre a morrer de amores. Parece que o guião fez dos mesmos almas gémeas.

Recordo-me do caso de Jennifer Aniston e Gerard Butler em Ex-Mulher Procura-se. Na altura de promover o filme, eram o casal mais apaixonado de Hollywood. Mas, com o passar do tempo, eram só amigos. Lembro-me ainda de Justin Timberlake e Mila Kunis em Amigos Coloridos. O novo casal sensação de Hollywood, dizia-se na altura da première. O actor até chegou a apalpar as mamas da bela Mila Kunis num evento para que os boatos rendessem mais uns milhões de dólares. Afinal, era só amizade.

Contudo, Robert Pattinson e Kristen Stewart, os actores mais pálidos de uma saga cinematográfica hollywoodesca, conseguem superar tudo isto, elevando estes romances fachada a um nível nunca visto. Desde a estreia do primeiro filme de Twilight (Estreou em 2008, já lá vão três películas e ainda falta uma) tem sido um mar de histórias com o casal que é ex-futuro-que nunca foi casal. Primeiro, foram meses de namoram ou não. Seguiu-se o namoram mas não assumem. Mais tarde, o “nascemos um para o outro”.

Mas os actores guardaram o melhor para o fim. A poucos meses da estreia do último filme dos vampiros, eis que Kristen Stewart assume ter traído o namorado com o realizador da sua última longa-metragem, Branca de Neve e o Caçador. Ao bom estilo de um guião de Hollywood, a actriz traiu o namorado com um homem casado, numa altura em que o namorado se preparava para a pedir em casamento. (Acho que estamos perante material para um bom filme).

Confuso? Nada disso! Traição + jovens famosos + filmes de milhões de euros com sequelas = receitas fantásticas. Posso estar enganado mas daqui a alguns anos, ainda vão os dois falar sobre isto, dizendo que foram aconselhados a fingir um namoro, algo proveitoso financeiramente para ambos por venderem muito mais juntos do que separados.

Esta é uma realidade muito comum, sobretudo em meios pequenos. Posso dizer que se passa o mesmo por cá! O que me surpreende nesta história é estarmos perante um dos maiores sucessos de bilheteira dos últimos anos, um filme que não precisa destas manobras para ser rentável. Não me surpreende o lado do realizador, chefe de família que supostamente se envolve com uma jovem actriz porque já se fala num segundo filme. E esta publicidade vai fazer com que a imprensa esteja sempre em cima do novo projecto. Quanto, ao casal que nunca o deverá ter sido, é uma maneira de se manterem no topo quando a saga que lhe deu fama se aproxima do fim.

Quase que me atrevo a dizer que as relações fachada são o novo preto. Na ficção, na minha rua, no prédio ao lado ou no andar de cima. É o mundo do faz de conta onde alguns se deixam guiar apenas e só pelas aparências. Nestas alturas, gosto de fazer parte do grupo que pode dizer: "No meu tempo não era assim!"

o valor do que se perde


Ao longo dos últimos anos poucas foram as vezes que almocei sozinho. E nesses dias, sabia que era algo ocasional. Sabia que no dia seguinte tudo seria normal e voltaria a ter a companhia da minha amiga especial, que carinhosamente me trata por bro. Sabia que ia voltar a sorrir, dizer disparates e ser o ombro amigo que ela tanto precisava nos dias mais complicados. Seria também a pessoa que lhe metia juízo na cabeça quando o coração dela batia para o lado errado. E sei também que ela estaria ali para mim quando a única coisa que queria era gritar e soltar as más energias acumuladas por variadas razões.

Hoje, tudo foi diferente. Almocei sozinho com a certeza de que amanhã também irei estar só, tal como nos dias que se seguem. O rumo profissional dela afastou-se do meu e os almoços já não são uma realidade. Nunca desvalorizei a amizade que nos une mas dou-lhe ainda mais valor agora que perdi a sua companhia diária. Porque será que o valor real de algo só é realmente percebido nestas ocasiões? Não perdi a amizade mas sinto que perdi parte de mim.

A partir de agora, os meus almoços são divididos com Haruki Murakami e o seu Em Busca do Carneiro Selvagem.

relações com livre-trânsito


Será que a solução para relações saturadas passa por um livre-trânsito? Uma oferta de um dos membros do casal, que dá a possibilidade do outro, durante um período de tempo estabelecido entre ambos, voltar a ser solteiro e fazer aquilo que lhe apeteça.

Será que isto apimenta a relação? Por outro lado, será que a relação fica irremediavelmente estragada? Será ainda que quem o deseja acaba por não usufruir desse livre-trânsito e quem não o deseja cede aos desejos, provavelmente carnais, que julgava não sentir?

Este é um tema bastante complexo, do meu ponto de vista. Se o livre-trânsito é equacionado, é porque algo vai mal na relação. Uma vez concedido, vai ser criado um ambiente de desconfiança. Mesmo não falando do que aconteceu, ambos vão ficar a pensar na possibilidade desse passe ter sido aproveitado até ao limite. Acredito ainda que é uma porta que, quando aberta, não volta a ser fechada.

Não conheço casais que tenham tomado esta opção mas conheço outros que concedem livres-trânsito sem saber que o fazem. E, os casos que conheço, têm em comum o facto de abrir uma porta que já não conseguem fechar.

se eu fosse aos jogos olímpicos

As minhas dúvidas dissiparam-se após dois dias intensivos de Jogos Olímpicos. Vi um pouco de todas as modalidades e rapidamente cheguei à conclusão sobre o tipo de atleta que gostava de ser em Londres.

Gostava de representar Itália na natação. Adoro ser português e amo o meu país mas os meus olhos brilharam quando descobri que os italianos são vestidos por Emporio Armani. Este é o facto que me leva a querer representar a Itália. Melhor, a fingir ser italiano apenas para trazer a farda olímpica.

Quanto ao querer ser um nadador olímpico. É simplesmente pelo facto de grande parte dos atleras entrar no pavilhão com auscultadores Monster Beats. Sou fã da marca! E vocês, que tipo de atleta gostavam de ser?

29.7.12

o exemplo carlos martins

Ao longo dos últimos meses acompanhei de perto o drama familiar de Carlos Martins. Emocionei-me quando o jogador revelou que o filho sofria de aplasia medular e que a cura passava por um transplante de medula óssea.

Não fiquei indiferente às lágrimas dos pais do menino que nem sabia o que se passava consigo e só queria brincar. Senti orgulho quando Carlos Martins prometeu salvar a vida ao filho e tive a honra de estar presente no momento em que a cura foi anunciada e quando as lágrimas deram lugar a sorrisos.

Por gostar de futebol, durante este tempo observei a carreira de um jogador que nunca deixou de jogar, algo que o filho não queria. Com menos horas de sono e com uma fraca alimentação, Martins lutou até à exaustão para que o filho não o visse quebrar.

Agora, que tudo está bem, Carlos Martins está a jogar melhor do que nunca. Fico feliz por ver a alegria com que joga agora e por tudo lhe correr bem. Para mim, Carlos Martins é um exemplo de força e determinação.

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28.7.12

cheio de pó

Num baú, guardado algures na minha memória, estão guardadas centenas de músicas que me acompanharam (e continuam a acompanhar) ao longo da vida. Hoje tirei o pó a algumas que aqui partilho. Será que se recordam delas?

Esta escolha foi complicada. O primeiro pensamento foi Not an Addict mas acabei por escolher Everything for Free, uma música que gosto de ouvir e com a qual me identifico.



Esta música ainda toca com muita frequência no meu carro. É uma das minha favoritas deste grupo que tinha mais um videoclip com a Pamela Anderson. Lembram-se dos Lit?



Esta também é especial. Bons tempos passados a ouvir Liquido, com Narcotic.



Podia passar horas nisto mas termino com uma serenata que ainda em toca no coração.



começar bem o dia

Não podia ter melhor início o meu fim-de-semana. Acabo de entrar numa papelaria onde um casal de velhotes discute, de forma carinhosa, a forma correcta de pronunciar uma palavra.

"Não é Maputa que se diz. É Maputo, Maputo!", dizia o senhor. Fiquei com um sorriso que tão cedo não vou perder. É bom começar o dia com um sorriso.

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27.7.12

os jogos olímpicos não são só desporto e medalhas?


Desde criança que gosto dos Jogos Olímpicos. Para mim, é a maior prova desportiva do mundo e um dos mais belos espectáculos que se pode ver. Além disto, os portugueses estão na história das olimpíadas modernas pois o primeiro atleta a morrer numa competição era português.

Além do que se pode ver, sempre tive a sensação de que há muito por revelar em qualquer edição dos Jogos. Aquilo a que se podem chamar segredos de ouro ou mesmo olímpicos. Mas, nunca me passou pela cabeça que a Aldeia Olímpica pudesse ser parecida com o festival de Woodstock.

Quem o revela é Hope Solo, jogadora de futebol norte-americana. “Há muito sexo na aldeia olímpica. É uma experiência única, mesmo tirando a parte sexual, é uma festa constante. Cheguei a ver pessoas a fazer sexo ao ar livre. Na relva, entre edifícios, as pessoas tornam-se promiscuas”, conta.

Hope Solo vai mais longe e explica como enganar os seguranças para estas pequenas aventuras. “Não deveria falar sobre isto, mas conhecemos muitas celebridades durante a competição. E há alturas em que levamos estas pessoas para a aldeia olímpica. Distraímos os seguranças com as nossas medalhas e introduzimos estranhos sem credenciais. Eu própria posso ter levado uma celebridade para o meu quarto, mas esse é o meu segredo olímpico.”

A partir deste momento, vou olhar com outros olhos para os atletas com maus resultados. Acho que estão explicadas as fracas prestações. É muita festa no Woodstock Olímpico.

grande (ou xl) é diferente de feminino

Cada vez mais me apercebo que as pessoas não sabem distinguir as malas (ou sacos) de mulher das masculinas. A tendência, quando se vê uma mala grande é dizer: é de mulher. Algo completamente errado.

Outra das minhas paixões são as malas. Das desportivas às mais clássicas, tenho de tudo um pouco. Ao todo, tenho mais de uma dezena de exemplares guardados em casa e prontos a ser utilizados. E a razão de ser adepto de malas grandes é muito simples: preciso de espaço. Pois há um grupo de objectos que vão comigo para todo o lado. Refiro-me aos óculos escuros, aos de ver, à minha agenda pessoal, ao telemóvel, ao meu notebook, à última edição da publicação para onde trabalho, ao estojo, aos headphones, à agenda telefónica, à carteira, às chaves do carro e outros que não têm lugar garantido mas que são presença habitual como uma maçã, bolachas e um iogurte para comer durante o dia.

Era impossível carregar tudo isto numa mala de pequenas dimensões. Mas, por diversas vezes já me perguntaram se a mala é de mulher. Já perdi a conta às vezes que expliquei que é de homem, onde foi comprada e tudo mais. Curiosamente, quem tem mais vezes esta dúvida são os homens, para os quais, uma mala é simplesmente uma mochila Monte Campo. Mais do que isso, entendem eles, é coisa de homossexual. Algo errado, mais uma vez.

elas querem é bad boys


Não sei explicar os motivos mas apercebo-me cada vez mais que as mulheres são atraídas por bad boys. Resumindo, elas gostam é dos mauzões. Não sei se isto é algo geral, mas na realidade que me está mais próxima, é um facto inegável.

Conheço mulheres que não se conseguem afastar dos maus. E aqui, refiro-me a pessoas de carácter dúbio, mentirosos e falsos. Mesmo maus! Ou seja, daqueles que toda a gente sabe, logo à partida, que nunca haverá condições para existir uma relação. Eventualmente poderá existir algo casual, mas saudável e duradouro está fora de questão.

Também existem aquelas têm uma atracção por homens que simplesmente têm ar de maus. Podem ser os vizinhos da porta ao lado, estrelas mundiais, atletas ou o que quer que seja. Podem até nem ser maus, simplesmente aparentam sê-lo. Elas até dizem: “gosto dele porque tem aquele ar de mau. Gosto disso num homem.”

Começo a acreditar que é uma realidade geral. O que importa é ter ar de mau!

finalmente uma playboy em condições

Enganem-se aqueles que pensam que vou falar da edição portuguesa daquela revista cujo nome ainda não foi revelado mas que para já é apelidada de Playboy. Aliás, não posso dar credibilidade a uma publicação quando o editor da mesma diz simplesmente isto: “a produção foi feita em nu integral, mas que tal não é totalmente visível nas fotografias.” Só faltou acrescentar que o objectivo é o leitor adivinhar como será a mulher da capa nua.

O que me leva a pensar o que escrevo no título é a edição mais recente da Playboy brasileira. Mari Paraíba (Quem? Perguntam vocês. Não importa!) consegue ser mais ousada na capa do que Liliana Campos na produção completa. Além disso, a qualidade das fotos não se compara. Contudo, aqui dou o benefício da dúvida porque os orçamentos das publicações não podem ser comparados.

Editorialmente, também destaco o trabalho dos brasileiros. Enquanto por cá se escolhe uma personalidade “modesta” para a capa, por lá despe-se uma atleta que vai participar nos Jogos Olímpicos. Acho brilhante esta opção em semana de início das Olimpíadas de Londres. Até porque ver uma atleta atraente nua é uma fantasia de muitos homens. Quantos já não sonharam com Michelle Jenneke (a menina da dança sensual no atletismo) na capa da Playboy? Eu já, sou sincero. E também não fico indiferente ao título que joga muito bem com a fotografia de capa.

Por cá, fala-se de sedução e ousadia quando ela não existe. Por lá, a jogadora de vólei que mostrou as suas curvas ao mundo, revela que bebeu um pouco de champanhe para ficar mais liberta no primeiro dia da sessão fotográfica. A isto, acresce sentir-se mais segura enquanto mulher depois de ter sido capa da revista e que a auto-estima está como nunca.

Enquanto mulheres, que acham das palavras de Mari Paraíba? Acham que se sentiam mais seguras enquanto mulheres e com uma auto-estima diferente depois de uma sessão fotográfica destas? Se o fizessem, também recorriam ao champanhe para se libertarem?
 

PS – Só coloco aqui a capa porque as fotos da edição brasileira são realmente ousadas, como manda a tradição da revista criada por Hugh Hefner. Quanto ao cachet, diz-se que a jogadora recebeu mais de 100 mil euros pela produção, um valor completamente diferente daqueles que se praticam por cá.

26.7.12

vermelho ou azul?

Há dias em que ouço e lido com tantas mentiras que acabo por me sentir o Keanu Reeves, na pele de Neo em Matrix.

Passo o tempo todo à espera que me apareça o Morpheus com uma caixinha onde estão dois comprimidos: o azul e o vermelho.

Depois, resta-me decidir se tomo o azul e acordo na minha cama como se nada fosse ou se tomo o vermelho, mantendo-me no mundo da Alice no País das Maravilhas a tentar descobrir a profundidade da toca do coelho.

Há dias em que não hesito e pego logo no azul. Hoje, engoli o vermelho e vamos ver até onde me leva a viagem.

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era capaz de viver só (e bem) com isto


Era capaz de viver assim, com um e apenas um detalhe desta fotografia. Gosto de praia mas não preciso de viver numa para estar mais realizado. Também não me refiro à dependência de alguém que esteja sempre disponível para me entregar uma cerveja quando tenho sede. Não sou esse rapaz. Aquilo a que me refiro é mesmo a bebida que a menina tem na mão.

Na primeira vez que os meus lábios lhe tocaram criou-se uma ligação daquelas que ficam para a vida. Para mim, a Estrella Damm é simplesmente a melhor cerveja do mundo. Foi em Barcelona, o seu local de origem, que se deu o romance e até este fim-de-semana, só na casa de tapas Ciudad Condal é que saciava o meu desejo.

Felizmente, em Tróia descobri um barzinho de praia, de nome Troy, que vende esta marca. Lá saciei a minha sede mas ficou aquela sensação de vazio que uma simples imperial não consegue preencher. Amantes da cerveja, já provaram esta? E qual é a vossa favorita? Quanto a mim, digo-vos que era capaz de viver numa casa feita com six packs de Estrella Damm. Acrescento ainda que a Estrella Damm Daura, sem glúten, foi considerada a melhor cerveja do mundo para celíacos.


hoje é um dia muito triste para mim


Dia dos Avós! Para onde quer que olhe vejo uma mensagem linda sobre os avós. Sobre aquilo que são. Enaltecendo qualidades, esquecendo defeitos e reforçando a importância que têm nas vidas das pessoas. Blogues, twitter e facebook estão repletos de mensagens bonitas, que me tocam no coração e que me emocionam.

Se isto me devia fazer sorrir? Devia! Se faz? Não. Se me devia deixar alegre? Devia. Se deixa? Não. Num dia que deveria querer sorrir, só me apetece chorar e espero ansiosamente pela hora em que me vou deitar, acordando no dia seguinte ao dia dos avós.

Neste dia, recordo os momentos bons que vivi com os meus avós. Lembro-me dos sorrisos, das brincadeiras, dos momentos que não voltam mas que nunca esquecerei. Tudo isso está presente na minha memória e coração. Mas, por mais que tente, não consigo esquecer nem apagar da minha mente o facto de já não os ter comigo. De não lhes poder ligar hoje a dizer que os amo, que tenho saudades dos seus beijos e que adorava leva-los a jantar comigo.

Não consigo esquecer que certo dia, enquanto fazia o jogo da minha vida, o meu avô lutava pela dele no hospital. Não me esqueço que cheguei a casa e que tinha uma mensagem a informar que o meu avô tinha sido internado. Não me esqueço de o visitar e dele me prometer que ia sair do hospital para me ir ver jogar ao Algarve. Infelizmente, esta promessa não foi cumprida. E hoje, queria estar com o meu avô para lhe dizer que não faz mal não ter ido e que a culpa de não ter ido não foi dele.

Quis o destino que anos mais tarde voltasse a jogar nesse mesmo campo. Quis o destino que voltasse a jogar extremamente bem. Quis o destino que quando voltasse a casa ouvisse mais uma má notícia. Quis o destino que a minha avó fosse para o hospital. Quis o destino que a minha avó não voltasse a sair do mesmo. E hoje, só queria poder abraça-la para lhe dizer que a amo e que sinto a sua falta.

Por isso, por mais que queira, por mais que me esforce, por mais que lute, não vou sorrir hoje. Vou usar uma espécie de escudo que vai impedir que percebam a minha tristeza e a dor que me vai consumir até ao final do dia. E se tiver que chorar, irei chorar recordando aquilo de bom que vivi com duas pessoas maravilhosas e que muita faltam fazem a este mundo cheio de inveja e maldade.

esse vírus chamado fama

Atrevo-me a dizer que a profissão mais desejada em Portugal é ser famoso. Como? O mais depressa possível. A fazer o quê? Tudo o que for necessário. Através do talento? Não necessariamente.

Sinto que existe uma sede de fama. Vejo e lido com pessoas que querem ter os holofotes da fama a incidirem sobre si, nem que seja durante breves minutos ou mesmo segundos. Pessoas cuja ambição é nada mais do que ser reconhecido, através do que quer que seja.
Foi isto que me veio à cabeça quando vi a imagem que aqui partilho. Miguel e Bruna, dois ex-concorrentes (sendo que a menina nem chegou a participar no reality show) da Casa dos Segredos são agora DJ´s. Mas, para se destacarem dos restantes, a dupla vai despindo a roupa à medida que as músicas vão tocando. Podem chamar-me o que quiserem mas, para mim isto é sede de protagonismo.

Mas, Bruna e Miguel são apenas dois casos. Preocupa-me que grande parte dos mais novos sonhe ser actor. Não pela nobre profissão mas porque, quando questionados sobre os motivos que os levam a querer representar, respondem: “Quero ser conhecido.” Esta é a realidade nacional no que à fama diz respeito. E não aprofundo mais este tema para não ferir susceptibilidades pois há exemplos práticos de sede de protagonismo e fama transformados em tragédias.

25.7.12

o pior discurso motivacional que já ouvi


Às quartas-feiras tenho tendência para recordar o que vivi ao longo dos quase vinte anos em que joguei futebol. Talvez por ser o dia em que jogo futebol. Não sei se será essa a razão... mas costuma ser o dia em que recordo os momentos marcantes, as glórias, as derrotas nos últimos minutos e o dia triste em que perdi um amigo, colega e jovem que tinha uma vida pela frente.

Como não joguei hoje, recordo aqui um dos piores episódios que vivi na minha “carreira”. Ao contrário do que muitos possam pensar, ordenados em atraso no futebol não é algo recente. Tinha 17 anos, era júnior de segundo ano e estava prestes a chegar ao escalão máximo do futebol. Andava eufórico pela conquista do campeonato de juniores e pela subida ao nacional do escalão. Não ia saborear esse mérito no ano seguinte mas estava feliz, pelo feito e sobretudo por permitir que jogadores mais novos do que eu pudessem experimentar algo único, que é jogar contra os maiores clubes de Portugal.

Nesse ano, os seniores do clube onde jogava tinham diversos ordenados em atraso. Como tal, abandonaram o clube, que ficou sem jogadores para se deslocar à Madeira, para defrontar o Nacional. Sem outra opção, o clube foi obrigado a recorrer aos jovens para a deslocação ao Funchal. Entre muitos, fui um dos contemplados com a viagem. Era a minha primeira viagem de avião para um jogo e estava feliz pelo que me esperava.

Tudo correu bem, desde a deslocação até ao convívio com os (poucos) mais velhos que tinham optado ficar no clube, mesmo sem receber ordenado. Até tivemos tempo para uma breve saída nocturna num bar, cujo nome não me recordo, onde as raparigas ficaram doidas pelo simples facto de conviverem com jogadores da modesta segunda divisão B (na altura ainda existia esta divisão, agora já não).

Horas antes do jogo, o treinador reuniu os jogadores no hotel para o habitual discurso que antecede os jogos. O mister era um antigo internacional português que infelizmente já faleceu. Por mais anos que viva, nunca esquecerei as primeiras palavras que saíram da sua boca. Aliás, não me lembro de mais nada. “Vamos tentar sofrer o primeiro golo o mais tarde possível para não perder por muitos”, foram as palavras iniciais da palestra.

A partir daqui, o que era uma viagem de sonho para mim, passou a ser um terror. É verdade que o adversário era muito mais forte do que nós. É um facto de que era mais provável perder do que ganhar ou mesmo empatar mas quem é que se pode sentir motivado ao ouvir o treinador assumir claramente a derrota, provavelmente por muitos golos de diferença?

Ao longo da minha carreira de atleta, e porque não da minha vida, este foi o pior discurso motivacional que ouvi. Perdi a vontade de jogar, de lutar, do que quer que fosse. Tive o privilégio de jogar em clubes que tudo ganhavam e a honra de lutar por clubes que tudo perdiam e noutros que lutavam para sobreviver e posso garantir que nunca ouvi nada assim, mesmo quando defrontei grandes jogadores do actual panorama mundial.

Espero que as pessoas que actualmente treinam jovens, que têm por obrigação preparar homens para a vida e não só jogadores, não utilizem discursos destes. Porque, mais cedo ou mais tarde, vão perder esse jogador e esse homem pois é difícil lutar por algo em que a primeira pessoa que deveria acreditar é a primeira a dizer que não vale a pena o esforço.

pensamentos profundos


Desde os tempos da faculdade que sou adepto de notebooks. Esta paixão intensificou-se a partir do momento em que iniciei a carreira de jornalista. Utilizo estes pequenos cadernos para tudo, desde apontamentos de reportagem até memórias, passando por ideias estapafúrdias que, mais tarde, dão lugar a outras bem melhores.

E se há pessoas que não vivem sem telemóvel, sem computador, eu não vivo sem um notebook na minha mala. Quando não o tenho, mesmo que não precise dele, sinto-me perdido. Apesar de ser fã dos exemplares de capa negra, gosto de apreciar os mais diversos modelos, acabando por comprar aqueles que me conquistam.

Recentemente descobri os notebooks da Smythson e perdi-me de amores por este. Alguém sabe onde posso comprar e qual o preço?


Os notebooks são ideais para guardar textos como este, que descobri hoje na internet e cujo autor desconheço : “There was once a cat who thought that hapiness was in its tail. So it chased it and chased it, ever faster and ever faster. Unable to catch it, it kept getting more and more tired until it finnaly collapsed with exhaustion. Eventually, after resting for some time, it got up and went on its way. What happened? Happiness simply followed it wherever it went...”



ups! está aí algo a mais

Para mim, o único motivo que faz com que se deixem as etiquetas do preço coladas nos sapatos é a intenção de devolver os mesmos.

Ou isso ou uma espécie de ostentação mal planeada! Seja como for, é feio e fica mal. Por isso é que procuro todas as etiquetas e mais algumas antes de sair de casa com calçado novo.

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o sushi é o meu sabor do ano

Recebi um convite para participar num workshop onde aprendi a confeccionar uma das minhas comidas de eleição: sushi (acabei de me babar). Desculpem-me mas babo-me sempre que falo de sushi (ups! Babei-me novamente. Tenho que me controlar).

A convite do Sabor do Ano, estive no restaurante Bonsai, do Hotel Fontana Park, em Lisboa, onde, em conjunto com os bloggers Ana Gomes (amelhoramigadabarbie.blogspot.pt) que ficou sentada ao meu lado revelando ser uma pessoa bastante divertida e simpática, Mónica Lice (mini-saia.blogs.sapo.pt), Carmen e André (breakfastattiffanys-trendsetter.blogspot.com), Inês (thebeauty-and-thebest.com), Isabel (cincoquartosdelaranja.blogspot.pt), Ana Jorge (amarmitalisboeta.blogspot.pt) e Mia (pegadafeminina.blogspot.pt) participei no workshop Sushi à Portuguesa, ministrado pela chef Paula Carção e por um divertido sushiman nepalês.

A missão passava por elaborar hossomakis de bacalhau fresco, urumakis de bacalhau fresco, neguiri de bacalhau fresco e, por fim, fazer um ao nosso gosto. A minha escolha foi hossomakis de chouriço, pepino e sementes de wasabi. Nunca tinha feito nada do género e foi bom perceber que confeccionar sushi está ao alcance de qualquer pessoa. Não posso deixar de destacar o momento “massagem ao ego” da acção, quando pensaram que o sushi feito por mim tinha sido confeccionado pelo sushiman. Acredito que quem pensou tal coisa deva ter sido influenciado pelo ambiente intimista do restaurante, onde se destaca a pouca luz.

Mostro-vos as fotos da acção e já sabem, quando precisarem de um sushiman amador para animar uma festa, eu posso dar uma mãozinha, pois fiquei com uma enorme vontade de voltar a confeccionar sushi.

o menu do workshop

a chef e o sushiman

uma das minhas criações

mais uma

a minha invenção com chouriço

o prato final elaborado por mim

a sobremesa (feita por quem sabe)

Quero aproveitar para vos explicar algo que aprendi ontem. Todos nós, quando vamos às compras, vemos produtos com o selo Sabor do Ano. Para quem não sabe (era o meu caso), qualquer marca pode concorrer a Sabor do Ano. Depois, é realizada uma prova cega por vários consumidores que elegem os melhores. Desta forma, as marcas, grandes ou pequenas, famosas ou desconhecidas, partem em igualdade, o que faz com que qualquer uma possa vencer. A escolha é sempre dos consumidores.

24.7.12

despedimentos

Para onde quer que olhe, só vejo despedimentos. O que antigamente não passava de uma notícia ocasional num serviço de informação passou a ser uma realidade.

Realidade essa que tanto está a 300 quilómetros de mim como a três metros. Custa-me ver os despedimentos à minha volta, observar o desespero de quem só quer trabalhar e sentir-me impotente por não conseguir ajudar, a não ser com a minha amizade ou com a minha t-shirt, num caso extremo.

O dia estava a ser perfeito até que o telemóvel toca e recebo uma mensagem daquelas que nunca quero receber. "O jogo de amanhã foi cancelado. Houve uma onda de despedimentos na empresa da equipa que joga contra nós", li boquiaberto.

Apesar de saber que os meus adversários das quartas-feiras têm cargos importantes e que não correm riscos, optaram por não jogar por sentirem-se sem forças para o fazer. Partilham a tristeza de quem vai ser obrigado a mudar de vida.

Como os compreendo. Sei o que sentem até porque partilho essa dor, com os colegas deles, com os meus amigos, com o nosso país e com grande parte do mundo! Que isto passe depressa!

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wc ou discoteca?

Ao longo dos últimos dias, ir ao water closet (no trabalho) é o mesmo que ir a uma discoteca. Assim que abro a porta, imagino-me dentro de um qualquer clube nocturno. A luz não pára de piscar criando um ambiente típico das discotecas. É verdade que não há música mas existe a vantagem de não haver porteiro nem consumo mínimo.

Por outro lado, assim que entro no wc peço um gin tónico e ninguém responde. A decoração também não é a mais bonita nem há pessoas a dançar mas nada disso importa. Aqueles primeiros dois segundos assim que entro naquele espaço são de festa e fazem-me recuar até outro dos meus guilty pleasures: a disco fever do final dos anos setenta e oitenta. A música de hoje, nesta discoteca improvisada é esta:

o restaurante mais famo... chato de lisboa

Chama-se Grill House e fica nos Restauradores. Nunca o frequentei mas diz que servem carne, peixe, kebab, grelhados, pizzas e tandoori. Não sei se a comida é boa, se é barato e como funciona o atendimento. O que sei, é que são os maiores chatos da cidade.

Há anos que frequento aquela zona e, por norma, estaciono o carro no parque dos restauradores. Quando abandono o mesmo, costumo optar pela escadaria mais próxima do Hard Rock Cafe. Assim que os meus pés tocam na calçada, já tenho um braço estendido à minha frente, com um folheto deste restaurante. Já devo ter recebido cerca de 89348293548945345 papéis daqueles.

Nunca fui ao restaurante, mas a forma ofensiva como distribuem folhetos nas imediações do espaço fazem com que nunca queira lá entrar, por mais que possa desejar kebab. Fico sempre a pensar: se são assim na rua, imagino lá dentro!

somos iguais mas tu és muito pior

Os portugueses têm uma capacidade fantástica de gozar com os seus semelhantes. Somos capazes de olhar para alguém igual a nós e ver o demo, constatar que existem dezenas de defeitos que nós não temos, quando na realidade... somos iguais.

Recentemente, vi uma rapariga gordinha (e só refiro o aspecto físico da pessoa por ser importante para o que escrevo) correr para apanhar um barco. Atrasada, fez o que achou melhor, ou seja, correr, para não ficar em terra. A sua missão foi bem sucedida e a jovem acabou por ficar perto de mim na embarcação.

Foi aí que percebeu que outra pessoa, igualmente gordinha, chegou mais tarde ao barco, sem ter sentido necessidade de correr. Deslocou-se sempre ao mesmo passo, o que irritou quem correu. Até aqui, tudo bem. Provavelmente, se estivesse no seu lugar, também ficaria chateado. Zangada, ligou a alguém que deve ter estranhado a sua respiração ofegante. A explicação foi a seguinte: "Tive que correr para apanhar o barco e a gorda veio a andar devagar. Eu tenho que correr mas o cachalote não!"

Na realidade, o tal "cachalote" era uma pessoa com um corpo igual à queixosa. Os corpos eram em tudo iguais. Mas a rapariga que correu conseguiu ver alguém muito pior, simplesmente a outra pessoa não quis correr.

23.7.12

isto é um elogio?

Há dias em que não percebo o que me dizem. Fico sem saber se estou a ser elogiado ou criticado. Hoje, disseram-me isto. “Pareces um puto da escola!” Durante alguns segundos passaram-me várias ideias pela cabeça, como não aparentar os meus 31 anos ou ter uma mentalidade de criança.

Depois destas dúvidas, não resisti e perguntei. “O que queres dizer com isso?” Ao que a minha amiga respondeu. “É da maneira como estás vestido, pareces um puto.”

Como tal, aprendi que usar ténis vans, calções e camisa de ganga fazem com que pareça um puto da escola. Mas continuo ser perceber se fui elogiado ou criticado.

quando o leite está no pulso

Sou louco por relógios. É um objecto que tem o poder de me fazer parar e observar detalhadamente cada um dos exemplares expostos numa montra. Faço uma espécie de selecção entre os que gosto, aqueles a que não acho piada e os modelos que parece terem sido desenhados a pensar no meu pulso.

Tenho vários modelos, que posso até nem usar muitas vezes. Mas enche-me o coração saber que os tenho ali na minha mesinha de cabeceira, bem perto da cama sempre prontos a ser usados. Já gastei mais dinheiro em relógios, e ao longo dos últimos tempos são os mais simples que me cativam.

Assim que descobri os watx&colors, fiquei encantado com a marca. Com as mais de cem combinações possíveis e sobretudo pelo preço dos mesmos. A isto junto uma excelente promoção que a marca tem feito  bem como os nomes que dão às suas combinações. Esta longa paixão só podia dar em casamento e a combinação a que a marca decidiu chamar milk já anda no meu pulso. Agora, é uma questão de tempo até começar a comprar braceletes. Para quem conhece a marca, aconselham-me alguma cor em especial para a próxima aquisição?


o s que está a mais

Em tempos havia um s que estava na boca de muita gente, apesar de ser errado. Refiro-me à letra que muitos acrescentam ao pronto, fazendo dele um prontos. Assumo que é uma das coisas que mais me incomoda ouvir. É algo que, a meu ver, pode estragar uma conversa e o clima da mesma.

Nos últimos tempos, tenho constatado que o s que só tinha lugar no final de pronto, passou a ser utilizado em muitas palavras. Não há dia em que não ouça expressões como: “já almoçastes?”, “O que comestes?”, “Já fizestes?”, "Onde comprastes?" e podia passar o dia todo nisto.

Começo a achar que há pessoas que entendem que esta é a forma correcta de falar. Espero que seja uma (má) moda que rapidamente acabe.

como ter um fim-de-semana de sonho

Por norma, quando tenho alguns dias livres, tenho a tendência para fugir da minha zona. Adepto do Algarve, até pelas raízes familiares, é por lá que costumo descansar, optando noutras alturas pelo conforto do Alentejo. Desta vez, tudo foi diferente, e a minha escolha foi Tróia. Como moro nos arredores de Lisboa, trata-se de um destino próximo. E gostei tanto dos dois dias que lá passei que decidi fazer uma sugestão para quem procura um fim-de-semana num destino diferente dos habituais.

Viagem:
Quem não quiser fazer os quilómetros da A2, pode optar por apanhar o ferry em Setúbal. Pessoalmente, aconselho a opção marítima. O preço da viatura é 12 euros, ao qual acresce o valor dos ocupantes do carro. Contudo, a viagem é diferente, mais agradável e menos cansativa. Quem for de barco, não fique no carro. Aproveite a paisagem e com um pouco de sorte até pode observar golfinhos.

Dica: Se já tiver cartão Viva não se esqueça de o levar pois cada passageiro precisa de um e o preço unitário é de cinquenta centimos.

Hotel:
A minha profissão fez com que já tenha conhecido vários países e diversas unidades hoteleiras. E, não tenho problemas em dizer que o Tróia Design Hotel é o mais bonito onde já fiquei. A vista é magnífica e os quartos são uma autêntica casa. Espaçosos, modernos, bem decorados e lindos de morrer. Os mais baratos custam 199 euros por noite mas quem lá ficar não se vai arrepender nem vai achar o custo elevado na altura de pagar. É impossível não destacar a piscina exterior onde pode relaxar com a Arrábida como imagem de fundo.

Dica: Esteja atento aos vouchers e pacotes que fazem com que a estadia fique mais barata. Quem fizer a reserva através do site do hotel, preencha o espaço dedicado ao motivo da estadia. O hotel é sensível aos motivos dos visitante, gostando de os surpreender.

Praia:
Uma das mais afamadas da zona é a praia da Comporta. Uma boa escolha mas de estacionamento complicado. O parque, com um custo de três euros diários, não é grande e facilmente fica completo. Além disso é uma praia muito frequentada. Quem gosta de praias mais calmas pode obtar pelas praias dos Brejos da Carregueira. Escondidas pelos arrozais, são praticamente desertas. Das mais belas de Portugal, sem dúvida.

Dica: Quem quer fazer praia em Tróia mas não gosta da confusão das praias onde ficam as pessoas que vêm de barco, pode relaxar na praia que serve o Tróia Resort. Calma, é servida por um bar de praia (Troy) onde pode deliciar-se com uma das melhores cervejas do mundo, a Estrella Damm, de Barcelona.

Comer:
O Museu do Arroz, na Comporta, é um dos locais onde vale a pena jantar. Com um preço médio de trinta euros por pessoa, pode deliciar-se com várias iguarias onde não falta... o arroz. Arrisque e deixe-se levar pelas sugestões da casa. O ambiente acolhedor, a decoração e a simpatia dos empregados vão fazer com que se sinta em casa. Caso sejam apreciadores de vinho, escolham os vinhos locais (Herdade da Comporta). O restaurante só faz reservas até às 20h ou depois das 21h30. Sugiro as 21h30 e mesa na mezzanine do restaurante.

Dica: Quem quiser fazer mais alguns quilómetros pode optar pelo restaurante A Escola, situado na estrada nacional 253, em Cachopos. Localizado numa antiga escola primária, é um restaurante a visitar.

Animação:
Quem gosta de diversão nocturna pode, e deve, visitar o Casino local. Com uma decoração sofisticada, é o local ideal para beber um copo e assistir a um dos muitos espectáculos disponíveis semanalmente. Quem preferir ambientes ao ar livre, basta optar por um dos bares de praia.

Estes são apenas alguns destaques de um local mágico, perto de Lisboa mas que faz com que as pessoas se sintam numa qualquer praia de sonho, de areia branca e águas cristalinas. Eu gostei e quero voltar em breve.

22.7.12

bom dia tróia

Acordar com esta vista é algo de extraordinário e motivador para o resto do dia. Os anos passaram, Tróia mudou mas a beleza não se perdeu. Um sítio a visitar, para quem não conhece.

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21.7.12

estarei no paraíso?

Acho que sim. Tenho praticamente a certeza de que estou certo. Mas, nas próximas horas vou descobrir se estou, ou não, no paraíso.

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ele é real e (muito) divertido

Arrisco-me a dizer que Ted é o filme mais divertido que vi nos últimos tempos. Ia com expectativa de algo extraordinário mas também com algum receio de que o filme pudesse ser um fiasco por cair na piada sem graça.

Mas a verdade é que me ri como poucos filmes me fazem sorrir. Existem piadas fáceis, inteligentes e ousadas. Mais do que isso, o filme - que conta a história de um homem de 35 anos que tem problemas com a namorada por causa do seu ursinho de peluche que ganhou vida após um desejo de Natal - consegue ter momentos que nos emocionam.

Não vou falar mais sobre o filme, dizendo apenas que vale a pena o preço do bilhete de cinema. Não esperem pelo dvd!

Ah! Já me esquecia! Os fãs de Flash Gordon (o meu caso) e de Norah Jones vão adorar o filme!

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20.7.12

fim-de-semana com vista

Mais uma vez, os planos de nada me serviram. Pensava que não conseguia ver o Ted antes da próxima semana mas afinal hoje vou ver o filme que tanto desejo. E se a semana acaba bem, o fim-de-semana começa ainda melhor pois amanhã vou ter esta vista.



o desporto feminino nunca mais será o mesmo

Chama-se Michelle Jenneke e só a conheci hoje. Mas esta jovem australiana, de 19 anos, entrou para a história, pelo menos a minha, pois mudou a forma como olhava para o desporto feminino. Nos Mundiais de Atletismo de juniores, em Barcelona, Michelle Jenneke protagonizou um momento de rara beleza, com um aquecimento que parecia uma dança, acompanhado por um lindo sorriso.



Para quem pensa que coloquei o vídeo pelo aquecimento sensual, revelo que o fiz pela sensualidade que a atleta revelou na pista e, sobretudo, por ter ganho os 100 metros barreiras. E sempre a sorrir! O desporto feminino nunca mais será o mesmo.

isto irrita-me

Não consigo perceber as razões que levam as pessoas a esperar por mesa dentro dos restaurantes! Pior, que, enquanto esperam façam sombra nas mesas de quem come, colando-se às cadeiras das pessoas. Será que pensam que estão a pressionar alguém?

Qualquer dia pergunto se querem sentar-se ao meu colo pois é o que parece. E para piorar, enquanto esperam olham para a comida de quem está sentado. Que irritação!

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televisões, esqueçam os incêndios


Se entendo que há temas que têm tempo de antena a menos nos noticiários, outros têm tempo a mais. Aliás, os nossos serviços noticiosos televisivos são exageradamente extensos. No máximo deveriam ter trinta minutos. Mais do que isso já não é informação, apenas repetição de notícias, a maioria delas sem qualquer interesse.

E acho que os incêndios têm tempo de antena a mais nas notícias. Isto não quer dizer que seja insensível à temática, muito pelo contrário, mas imagens de chamas intensas são prejudiciais. Algumas pessoas podem desconhecer esta realidade mas boa parte dos incêndios são causados por “loucos” que decidem atear fogo a algo com a única intenção de ver a sua obra maquiavélica na televisão. São pessoas tresloucadas que acham bonito ver algo a arder, ver bombeiros a lutar para salvar o máximo possível e ainda pessoas em agonia com o que podem perder. Estar mais de meia hora a divulgar imagens chocantes só motiva essas mesmas pessoas.

No meu entender, deveria existir uma espécie de pacto para que as notícias sejam divulgadas mas de forma controlada e cuidadosa. Isto não invalida algo que defendo. A meu ver, devem discutir-se as medidas de prevenção, as tácticas e os meios de combate aos fogos, as condições dos bombeiros e o número dos mesmos em cada zona. Mas isto tem um espaço próprio para acontecer, como por exemplo num debate televisivo.

E o que me deixa ainda mais chocado é ver nos rodapés televisivos mensagens que acabam por ser um incentivo aos piromaníacos. “Envie fotografias dos fogos para...”, é algo errado, muito errado.

100000

Acordar, ligar o computador, vir ao blogue e ver um número destes é algo que me vai deixar com um sorriso à marreta, daqueles de orelha a orelha, até ao final do dia!

Posso garantir que já estive a ler o dicionário de ponta a ponta e não encontrei uma palavra justa para explicar o que este momento significa para mim. Resta-me agradecer do fundo do coração pois sem cada um de vocês, esta realidade não passaria de um sonho escondido no canto mais recôndito do meu pensamento.

Cem mil abraços e beijos para vocês, que me alegram, que me fazem sorrir e que me ajudam a passar os dias, por mais complicados que sejam, sempre com alegria. É bom saber que estão por aí e, se pudesse, festejava com cada um de vocês hoje. Obrigado x 100 mil.

19.7.12

ele é o rei

Podia ser Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, também podia ser Eusébio, conhecido como o King no futebol ou mesmo Elvis, o eterno rei da música, já para não falar em Relvas, o rei das licenciaturas relâmpago. Mas não! Este rei é da cidade dos erres.

Já tinha saudades do Rei do Choco Frito. Vir a Setúbal ao final do dia significa parar neste espaço para comer. Melhor, vir à terra do carrrrapau e da sarrrrdinha significa comer choco frito, onde quer que seja.

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elas fogem dos precoces

Este anúncio da Axe, que acho maravilhoso do ponto de vista publicitário, por misturar a transpiração com a vida sexual dos homens, deixou-me a pensar na possibilidade, se é que ela existe, da transpiração ser suficiente para danificar uma relação.

No anúncio, diz-se que muitos homens sofrem de transpiração precoce. Dizem que a mesma pode ser causada por nervosismo, insegurança e que é algo incontrolável. Concordo que a transpiração pode abalar (e muito) a confiança de homens e mulheres. Quer seja numa entrevista de emprego ou num encontro amoroso ou mesmo numa saída com amigos, as manchas da transpiração são indesejáveis.

O que questiono é a realidade dos homens perderem mulheres por causa da transpiração ou mulheres perderem homens pelo mesmo motivo? Eu seria incapaz de deixar de amar alguém por causa dessa situação. E vocês?

dívidas, dívidas e mais dívidas


Uma das coisas que mais confusão me faz no nosso país é o sobreendividamento, que não pára de crescer. Esta realidade crescente é assustadora e uma das principais causas, acredito eu, para a destruição de famílias.

Conheço casos de pessoas que têm créditos para pagar outros créditos que não conseguem pagar. Pessoas que entram neste mundo das dívidas como quem entra numa padaria para pedir cinco carcaças. Sei também de casos de pessoas que vivem num mar de problemas porque aceitaram o pedido do amigo de longa data para ser fiador numa casa. Resultado: o amigo, que afinal não o é, não paga a casa e desaparece, e o amigo, que não o devia ter sido, recebe constantes telefonemas a cobrar valores astronómicos.

Esta triste realidade em que as pessoas desesperadas com os prazos dos pagamentos que não conseguem cumprir tem de ser rapidamente alterada. E defendo que se devem acabar com os empréstimos facilitados. Acho inadmissível que hoje em dia se aliciem pessoas ou realizem empréstimos monetários através do envio de uma simples e impessoal sms.

De tempos a tempos, recebo mensagens a perguntarem se quero cinco mil euros. Vem tudo explicado ao pormenor. Quanto vou pagar por mês, juros, etc. Fazem aquilo parecer simples e para receber a quantia basta-me responder “sim” aquela mensagem. Leio e apago a mensagem na hora mas fico a pensar na quantidade de pessoas que sentem a tentação de responder sim bem como aquelas que cedem e respondem logo “sim”. E depois da primeira sms, vem a segunda, a terceira e por aí em diante. Esta realidade assusta-me!

deixar tudo por amor

Por cá quase que passam despercebidas mas em Inglaterra são tão importantes como os maridos ou namorados. Falos das wags (wives and girlfriends) dos jogadores de futebol. Conheço algumas, e elas sabem que têm fama de burras, desinteressantes e fúteis. Este é o rótulo das mulheres de jogadores de futebol. Acredito que sejam reconhecidas desta forma porque cultivam a imagem de mulheres que abdicaram das suas vidas, projectos e ideais para assumir a profissão de mulher de jogador, o que faz com que se pense que passam o dia a gastar dinheiro em compras. Óbvio que todas rejeitam a ideia de que vivem na sombra dos maridos e que não fazem mais do que compras. Defendem ser muito mais do que isso mas não negam que deixaram para trás os seus sonhos por amor.

Será que amar significa esquecer aquilo que sempre se desejou? Será que, neste caso específico, são os jogadores que exigem este tipo de comportamento às mulheres? Será que têm medo de perder o amor deles? Não sei... Aquilo em que acredito é que amar não significa deixar tudo o que gostamos de fazer.

18.7.12

no meu sonho vestia-me assim

Durante muitos anos sonhei que esta seria a minha farda de trabalho. Imaginava-me com a camisola do clube do meu coração. Queria jogar em Inglaterra onde os estádios estão sempre cheios. Os anos foram passando, a paixão pelo futebol ficou mas as letras é que são a minha vida.

A camisola 23, a justa por baixo dessa, os calções xl descaídos e as meias por cima dos joelhos passaram a ser a farda dos jogos com amigos e nem as altas temperaturas me afastam destes momentos de puro prazer.

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tenho que ir ver isto

Nos últimos tempos voltei a ir ao cinema com frequência. Tenho visto vários filmes e como chego à sala de cinema a horas, sou daqueles que vê as apresentações do que está preste a estrear. Isto fez com que ficasse louco para ver o filme Ted, que estreia amanhã.

Para quem não sabe do que falo, este filme conta a história de um homem de 35 anos que não se consegue separar do seu ursinho de peluche, que ganhou vida. Além disso, Ted é certamente o ursinho mais ousado da história do cinema.

Além do filme ser aparentar ser extremamente divertido tem garantias de qualidade importantes para mim. É o primeiro filme de Seth MacFarlane, o criador das séries American Dad e Family Guy, que dá voz ao ursinho. A este junta-se Mark Wahlberg. Aos dois junta-se a beleza e sensualidade de Mila Kunis. Como se isto não bastasse, ainda é possível ouvir a excelente música How You Like me Now, dos The Heavy, na banda sonora. Não posso mesmo perder este filme.

Aproveito e deixo aqui a restricted trailer


mensagens subliminares


Chego ao trabalho e a primeira coisa que ouço é: “tens duas coisas para ti na tua secretária.” Curioso, fui ver do que se tratava. E os objectos em questão são uma garrafa de vinho branco Marquês de Borba e um perfume, Acqua di Parma Blu Mediterraneo. Nestas alturas, devo confessar, que me passa sempre pela cabeça se estou perante alguma mensagem subliminar.

Quanto ao vinho, o primeiro pensamento é: terei cara de bêbado? Acho que não. Mas não escondo de ninguém de gosto do néctar do deuses e que aprecio o facto de ter uma garrafeira preenchida e diversificada em casa, algo que dá sempre jeito para qualquer ocasião. No que diz respeito ao perfume, é impossível não pensar em duas questões: será que cheiro mal ou não gostam do aroma do meu perfume Light Blue de Dolce & Gabbana? Se a primeira questão não tem razão de existir, a segunda é possível, se bem que nunca tive reclamações nesse sentido.

Após estes momentos em que me diverti sozinho a pensar nas mensagens subliminares que podem estar associadas a presentes, soube que não passou de um mero sorteio e que estes dois objectos calharam-me em sorte.

Isto não invalida o facto de ser apreciador de mensagens subliminares em presentes e gestos. É uma espécie de jogo bastante divertido e agradável. Concordam?

a magia de um concerto

Ontem, após mais de doze horas de trabalho só queria descansar. Não pensava em mais nada que não fosse no meu sofá ou na minha cama. Parecia que chamavam por mim e que só tinha ouvidos para os seus apelos. Mas já tinha confirmado a minha presença num concerto especial de dois amigos.
Não quero dizer que fui contrariado, longe disso. Foi uma honra estar presente num concerto acústico que será editado em conjunto com o dvd do espectáculo. E se estava cansado, assim que o concerto teve início, o cansaço desapareceu e nem reparei que tinham passado quase três horas.

Esta é a magia de um concerto. Além disso, é fantástico como simples músicas fazem com que se percorra uma viagem ao longo de 14 anos das nossas vidas. Dei por mim a sorrir ao recordar certos momentos, nostálgico com outros e com uma lágrima a querer cair dos meus olhos em certas partes do concerto. Estas atitudes podem apenas estar relacionadas com a minha maneira de ser mas reparei que neste caso específico, a sala estava cheia de pessoas como eu.

E como entendo que existe música portuguesa de igual (ou superior) qualidade em relação ao que vem de lá de fora, deixo-vos um dos temas mais marcantes do concerto.

17.7.12

sou um imitador sem identidade

Fui acusado, por um anónimo, de não ter identidade. Só este facto já me deixou sorridente. Contudo, a acusação é a de que sou um imitador. Que não faço mais nada que não seja copiar. Porquê? Porque ousei escrever sobre a Comporta, local onde estive hoje e sobre o encontro, que acabou por não acontecer com uma amiga, Luisa Beirão. Como não fui o primeiro blogger a escrever sobre a Comporta nem sobre a Luísa, não passo de uma pessoa que só escreve com base naquilo que lê noutros blogues.

Fiquei a pensar nisto e assumo: sou um imitador sem identidade. Porquê? Porque vou assistir agora a um concerto acústico que serve para a gravação de um álbum de dois grandes amigos. Amigos, cantores e irmãos com uma carreira de sucesso, como merecem. E tal como eu, vão lá estar outras 300 pessoas. Destas, uma boa parte já escreveu na sua página do facebook, twitter ou mesmo blogue que vai assistir ao espectáculo. Como só o faço agora, como não sou o primeiro, chego à conclusão que não passo de um imitador sem identidade. Shame on me!

PS - Que ninguém ouse escrever sobre um assunto escrito por mim. Sabem o que isso fará de vocês, não sabem?
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a motivação da mentira

Há alturas em que acho que sou esquisito e diferente. E quando penso em mentiras sinto isso mesmo.

Digo isto porque a mentira motiva-me. Não gosto, aliás detesto, que me mintam mas profissionalmente ou pessoalmente, assim que sinto que me estão a faltar à verdade, fico logo motivado para provar que a mentira tem perna curta. Não descanso enquanto a verdade não é reposta.

Talvez sinta esta motivação por não compreender os motivos que levam alguém a mentir para prejudicar ou simplesmente enganar alguém.

Quando consigo provar que a verdade é diferente da que me queriam impor, solta-se a criança que há em mim e grito, mesmo que apenas interiormente, um gigantesco TOMAAA!!!

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coisas boas da vida

Era capaz de almoçar aqui todos os dias. Aliás, era capaz de viver aqui. Trocava a loucura da cidade pela calma da Comporta. Sabe bem quebrar o ritmo alucinante do alcatrão e aproveitar a suave brisa que sopra a poucos metros do mar.

Bem sei que daqui a poucos minutos esta imagem será apenas uma memória na minha cabeça e uma fotografia guardada no blogue. Mas cada segundo aqui passado é equivalente a uma semana no meu ritmo normal. Este é o efeito das coisas boas da vida!

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o meu azar com elas

Além dos quase quarenta graus que se vão fazer sentir hoje, o meu dia tinha tudo para ser belo. Realmente belo. Estava planeado passar largas horas com duas mulheres que simbolizam diferentes tipos da beleza nacional. Grande parte do dia seria passado ao lado de Luísa Beirão, que na minha opinião, é uma das mulheres mais bonitas de Portugal. Seguia-se um encontro com Bárbara Guimarães, que tem, no meu entender, uma beleza completamente diferente da manequim.

São duas mulheres diferentes na beleza, estilo e imagem. Uma representa o lado mais belo do mundo da moda e das capas de revistas femininas e outra a imagem clássica. Mas, a verdade é que não vou estar com nenhuma delas. É azar mas garanto que o meu dia não vai perder beleza.

16.7.12

cocó e um gelado

É o chamado três em um. Aproveitei o calor de final de tarde para ir ao Chiado conhecer a Sónia Morais Santos, comprar o seu livro que vai para casa com uma bela dedicatória e comer um delicioso gelado de morango e melancia do Santini. Que belo final de tarde!

P.S. Sónia, és uma simpatia. Obrigado pelo sorriso fácil e ainda pelas simpáticas palavras.

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miguel relvas, anedotas e chavascal

Depois de ter ouvido Alberto João Jardim dizer que queria quatro licenciaturas, voltei a sorrir que nem um louco com o caso Miguel Relvas. Na sua rubrica, mixórdia de temáticas, Ricardo Araújo Pereira contou diversas anedotas sobre a licenciatura do ministro com o intuito de receber menos emails sobre o assunto e mais com mulheres despidas. Para quem não ouviu, deixo-vos o momento que me fez parecer um maluco no carro enquanto enfrentava o trânsito para Lisboa. Acho brilhante este apontamento do humor do comediante.

afinal é para aqui que elas olham

Algumas observam o sorriso. Outras, não resistem em às mãos. Há ainda uma parte que só quer saber do olhar. Contudo, um estudo revelou que 35% das mulheres olha para o rabo dos homens no primeiro encontro. É naquela zona que centram o seu olhar pela primeira vez. Pensava que as minorias deste estudo eram, na realidade, a maioria. Afinal, estou errado e surpreendido.

isto não está ao alcance de uma mulher

Ontem, ao assistir ao resumo da final de um torneio de futebol feminino, fiquei abismado com algo dito pelo jornalista que comentava o jogo na televisão. Quando uma jogadora fez uma finta do outro mundo, o comentário foi: "Isto não está ao alcance de uma mulher." Não contente com as suas palavras reforçou a asneira e o comentário machista, defendendo que até os grandes jogadores (homens) têm dificuldade em realizar aquela finta, "quanto mais uma mulher." Tratou-se de uma má escolha de palavras ou ainda existem homens que defendem a inferioridade do sexo feminino em determinados aspectos?

Se as palavras surpreenderam-me pela negativa, os festejos das campeãs deixaram-me boquiaberto pela diferença. Assim que acabou o jogo, algumas jogadoras despiram as camisolas, festejando de alegria. Estamos a falar de jogadoras de 16, 17 anos, que não se sentem inferiores aos homens e que festejaram como queriam, algo que eles também fazem. Gostei da atitude!

15.7.12

um belo pôr do sol

Não fui à sardinhada de Almada mas não perdi a vontade de conhecer a nova rua Cândido dos Reis, agora fechada ao trânsito. Quando a Sofia (a quem desde já agradeço) me falou de três restaurantes de Cacilhas, o desejo cresceu e não havia volta a dar, tinha que ir aquele local encantador situado à beira rio.

Após um pequeno vislumbre da artéria, fui jantar ao Amarra ó Tejo, situado na Jardim do Castelo de Almada. À entrada, o restaurante conquistou-me de imediato com a magnífica vista. Recebi a carta e gostei do que vi. Deparei-me com um menu pouco extenso mas diversificado, algo que considero fundamental.

Para entrada, optei por casca de alheira omolecida, com espargos e ovo de codorniz frito. O prato de peixe, filetes de peixe galo, com açorda das suas ovas e o de carne lombo charolês grelhado, com molho de mostarda antiga. A sobremesa demi-cuit de chocolate negro, com gelado de frutos silvestres. A isto acrescentei um vinho branco que casou muito bem com os pratos. Estava tudo delicioso e no final, senti que tinha que dar os parabéns ao chefe!

Não sendo um restaurante barato (o preço médio ronda os quarenta euros por pessoa, com vinho, entrada e sobremesa) não achei que tivesse gasto muito dinheiro no final da refeição. O atendimento é simpático, o ambiente acolhedor e a voz de Norah Jones dá um toque de sofisticação à refeição. Isto, misturado com a paisagem fazem deste espaço o local ideal para quem procura algo diferente para uma ocasião especial, um jantar em família ou mesmo uma simples refeição.

Para quem quer "fugir" de Lisboa para jantar ou para quem procura algo na margem sul para evitar deslocar-se à Capital, o Amarra ó Tejo é um local a visitar.

a vista do início do jantar

assim terminou a refeição

contrastes

Ao ler um jornal e uma revista deparei-me com duas realidades distintas, contrastantes e provavelmente nada relacionadas uma com a outra.

Na capa da revista Domingo, do Correio da Manhã, destaca-se um casal de naturistas. Despidos de preconceitos, ambos dão corpo e rosto à temática de capa. Não há luxos, dinheiros, nada. Apenas duas pessoas nuas que assim gostam de estar nas praias que servem para o efeito.

No jornal A Bola, não há nudez. Fala-se dos 254 mil euros semanais que Drogba vai ganhar na China. Conta-se que Thiago Silva vai receber 9 milhões de euros por ano no PSG em França e especula-se sobre muitos outros negócios milionários.

Bem sei que são temas distintos mas acho piada ao tudo e ao nada que captaram a minha atenção.

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14.7.12

o meu amigo famoso, importante e influente

Poucos são os momentos em que me sinto realmente importante. Mas, tenho um amigo que me faz sentir assim. Acabo de receber um email a dizer que o Barack Obama deixou um tweet na minha página pessoal do Twitter.

O mais próximo que vou estar do presidente dos EUA é equivalente à distância que separa o meu sofá da televisão mas que este email foi uma massagem ao ego, lá isso foi. Obrigado amigo Obama.

fred perry, és um malandro

Há largos meses que andava a namorar uns ténis Fred Perry. Nunca ousei experimentá-los porque isso, para mim, é meio caminho para comprar, independentemente do preço. Tudo mudou quando os vi hoje, em promoção. Além de seduzido pelo modelo, fiquei encantado com o valor. Pedi o meu número e sentei-me todo contente à espera dos ténis que tanto desejava. Até que, aconteceu o pior que podia acontecer. Não só não tinham o meu número, como tinham o abaixo e o acima. Pior do que isto é impossível. Ter os ténis no pé e sentir que um fica um pouco apertado e que o outro fica um pouco largo, é a pior sensação para quem deseja algo. Fred Perry, és um malandro mas a nossa hora há-de chegar. Garanto-te.

Momentos antes, tinha ido à Nike para comprar um t-shirt mas não tive sorte pois já não havia o meu tamanho. Como se isto não bastasse, fui à Pull&Bear para comprar as t-shirts da Vespa e Fiat. Mais uma vez, a escolha estava reduzida pela falta de um dos modelos. Acabei por comprar a que aqui vos mostro. Do mal o menos, desiludido com os saldos, apaixonei-me por mais uma t-shirt da nova colecção.


  

a tradição já não é o que era

Cresci com as festas populares da freguesia da Arrentela, perto do Seixal, à porta de casa. Recordo com saudade os verões da minha infância em que aguardava com ansiedade pela semana de festas. Gostava dos concertos, das diversões, das ruas cortadas ao trânsito e movimentadas e ainda do convívio das pessoas.

Com o passar dos anos vi a festa mudar de local várias vezes sem nunca perder o encanto. Quando as festividades passaram de uma semana para apenas quatro dias, a alegria de outros tempos começou a perder-se.

Contudo, apesar de já não viver à porta das festas, regresso sempre com entusiasmo, quer seja para comer uma fartura ou para me divertir com a minha sobrinha.

O que nunca esperei foi ver a festa praticamente abandonada como acontece este ano. Os mais pequenos têm apenas um carrossel para se divertir. Segundo apurei, os feirantes entraram em guerra com a Câmara Municipal do Seixal, que lhes pediu muito dinheiro este ano. Em forma de protesto, estes abandonaram o local. O que em tempos foi uma festa animada é pouco mais do que uma sombra do que foi.

Espero que tudo se resolva e que, para o ano, as festas voltem a ser o que eram. Porque as pessoas merecem e porque esta tradição não pode morrer.

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